domingo, 9 de maio de 2021

NOVO ENDEREÇO

Desde 2017 estamos com novo endereço, clica no Centro de Formação Tataendy Rupa para mais informações.

Aguyjevete pra quem Luta!!

Ha'evete!!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Exposição mostra fotos registradas por indígenas Mbya Guarani


Publicado em: 23/01/2018


A partir desta terça-feira, dia 23, o Continente Shopping promove a exposição fotográfica Aranduá, que traz imagens produzidas por indígenas das comunidades Guarani localizadas nos municípios de Palhoça, Biguaçu, Canelinha e Tijucas, na Grande Florianópolis. A mostra é resultado de uma oficina de fotografia e visitas às aldeias realizadas a partir do processo de licenciamento ambiental do Contorno Rodoviário de Florianópolis, como uma das medidas de compensação relativas aos impactos da obra.

O nome Aranduá – que homenageia a exposição significa ‘conhecimento’ ou ‘sabedoria' na língua Guarani – e o objetivo do projeto é que os próprios indígenas pudessem registrar suas perspectivas a partir do aprendizado de técnicas e linguagens fotográficas. Além disso, a iniciativa visa conscientizar os moradores da região sobre a presença dessas comunidades no entorno de suas residências e promover o respeito e a diversidade cultural. A entrada é gratuita e a exposição fica até o dia 18 de fevereiro no Continente Shopping.

O Contorno Rodoviário de Florianópolis é um empreendimento da Arteris Litoral Sul. O processo de licenciamento ambiental da obra é conduzido pelo IBAMA e pela Funai e os programas socioambientais que compõem o Plano Básico Ambiental Indígena é desenvolvido pela MPB Engenharia.



Confira quem são os fotógrafos e respectivas aldeias

Karai Tataendy Aldeia de Itanhaém

Kerexu Reté, Aldeia Canelinha

Wasa´i Mawe, Aldeia Morro dos Cavalos

Wera´i, Aldeia Massiambu

Lucia Moreira, Ka´arã

Marcelo Mariano, Aldeia Amaral

Karai Yvdju, Aldeia M´Biguaçu

Para Reté Poty, Aldeia de Amâncio

Wera Tupã, Aldeia Cambirela



Agende-se

O quê: exposição Aranduá

Quando: de 23 a janeiro a 18 de fevereiro

Onde: Continente Shopping

Quanto: gratuito

http://www.continenteshopping.com.br/acontece/exposicao-mostra-fotos-registradas-por-integrantes-de-comunidade-indigena

domingo, 21 de maio de 2017

Pedido de direito de resposta contra RBS

Compartilhe e divulgue esse repúdio e ajude a comunidade precisa dar a sua resposta.

O que temos a dizer se já era esperado, ver mais uma vez na televisão e nela mais uma vez a Terra Indígena Morro dos Cavalos vem sendo usada como entrave no desenvolvimento, sem se quer ao menos fazer a consulta previa sobre o empreendimento citado que é a ferrovia litorânea.

A Bancada de deputados ruralista que se acham donos da terra sempre vem usando esse tipo de argumentos quando vem se aproximando o período eleição e para ganharem votos de uma sociedade semeiam conceitos de preconceito acusam de todas as formas a nossa comunidade para esconder atrás de uma roubalheira e incompetência, semeiam discriminação para gerar conflitos contra indigenas.

Mediante isso,  nós indígenas guarani da Terra Indígena Morro dos Cavalos vimos repudiar novamente a mídia reprodutora de discriminação e incitação, ataques e perseguição à nossa comunidade, não vamos mais aceitar ser mais uma vez o relatório de justificativa desse bando de políticos sem vergonha, principalmente a G1-GLOBO-RBS, que mais uma vez faz uma matéria chamada:

 Atraso na malha ferroviária catarinense impacta diretamente no desenvolvimento de SC - G1 Santa Catarina
Jornal do almoço de sábado.
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/jornal-do-almoco/videos/t/edicoes/v/atraso-na-malha-ferroviaria-catarinense-impacta-diretamente-no-desenvolvimento-de-sc/5883091/

Mais uma vez estamos sendo citados como entrave, assim como a BR 101 que era a maior urgência no desenvolvimento também foi colocado nas matérias da RBS como entrave na eleição passada e hoje, o TCU- Tribunal de Contas da União, simplesmente cancela a construção dos túneis e diz que não é prioridade a duplicação nessa região. Que estranho, justo ela que em 2005 foi favorável a construção dos túneis no Morro dos Cavalos!

Queremos destacar aqui que  a Terra Indigena Morro dos Cavalos não está homologada por que o próprio estado de SC, em 2014 como promessa de campanha, entrou com Ação no Supremo Tribunal Federal impedindo a homologação. Se não fosse isso a Terra Indigena já estaria regularizada.

Por tudo isso a comunidade Guarani do Morro dos Cavalos, vem a público exigir uma resposta nessas redes de mídia que em todas matérias criadas nunca vieram aqui na nossa aldeia se quer perguntar sobre o processo de qualquer empreendimento na Terra Indígena, queremos o direito de resposta por que nossa luta é digna e justa.

Nem CPI, nem clic/rbs nem ninguém pode negar isso.

Aguyjevte para quem Luta!

Terra Indígena Morro dos Cavalos.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Educação Guarani como base de um curriculo escolar especifico

No primeiro dia da Sistematização do Projeto Político Pedagógico – PPP, as lideranças e professores tiveram momento de diálogo, para isso foram criados grupos onde discutiram sobre a Educação Guarani, Educação Escolar e Educação Escolar Guarani.
Com essa preocupação da Educação inclusiva dos não indígenas, que hoje 27 à 29 deste mês, as lideranças da Tekoa Tenondé Porã – Litoral de São Paulo, estão no Morro dos Cavalos, para juntos pensar, discutir e criar um PPP próprio da escola que valorize os ensinamentos dos Xeramõi Kuery (Nhandereko).
O dia foi de reflexão sobre o modo da Educação Regular, que são impostas as escolas indígenas, onde as propostas curriculares já vêm prontas da Secretaria de Educação dos Estados. Por isso está sendo discutido a criação do PPP das Escolas Guarani. A Tekoa Itaty – T.I Morro dos Cavalos já tem seu próprio PPP desde 2005.

Trecho do Projeto Político Pedagógico Escola Itaty:
“...O Projeto Político Pedagógico, em sua essência é um instrumento de diálogo permanente não somente com a comunidade escolar, mas com as bases do conhecimento e da cultura local, do sentido que se quer transformar a realidade vivida. Isso implica em perceber no ambiente escolar, em seu campo mais amplo (comunidade), qual o sentido que a Educação Escolar pretende estabelecer para essa dada comunidade. Uma empresa que demanda estabelecer também uma relação com todo o ambiente social e cultural próximo, seja ele posto nas mais diversas escalas (cidade, bairro, nação, mundo, etc.)...”

Abaixo alguns motivos que nos levam a discordar do sistema de escola globalizada:

·         Os povos indígenas estão sendo obrigados a deixar sua cultura e aprender outra cultura.
·         Esse sistema de globalizada na aldeia tem sido responsável por matar as culturas indígenas.
·         As lideranças indígenas são obrigados a limitar o tempo e o espaço para seus filhos.
·         Os mitos estão sendo desmentidos e perdem seus valores na religião indígena.  

Temas Principais da Oficina foram:
·         Educação Indígena Guarani
·         Educação Escolar
·         Educação Escolar Indígena

Através desses eixos os Professores e Lideranças estão pensando como adaptar a Escola que está dentro da aldeia como instrumento que não exclua, mais que valoriza o modo Guarani, cultura, língua, costumes e danças.



“...A Escola dá o conhecimento
Nhandereko dá a sabedoria.
Essa é a diferença que a Educação Guarani tem da Educação Regular...”
Pensamento Mbya Guarani



segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Festival da Terra Ara Pyau

A Escola Indígena Itaty nos dias 26, 27 e 28 de agosto de 2016, realizou no Centro de Formação Tataendy Rupa, o  Festival da Terra Ara Pyau, em comemoração do Ano Novo Guarani, onde um ciclo termina e ao mesmo tempo um novo inicia.
No dia 27, a Abertura deu-se com apresentação do Coral Tape Mirim da Tekoa Itaty, em seguida aconteceu a troca de sementes entre os convidados e comunidade depois o ritual de consagração feita pelos jovens Mbya Guarani.

Imagem 1. Exposição das Sementes

Imagem 2. Consagração das Sementes pelos Jovens Mbya Guarani da Tekoa Itaty

Logo em seguida como planejado os homens presentes foram preparar o solo, que culturalmente são os homens que preparam o solo e quem planta a semente, são as mulheres.

Imagem 3.


Imagem 4.

Contou com a participação dos “Pallassos enrebeldia” que encerraram sua temporada de apresentação do Festival pela Terra aqui na TI Morro dos Cavalos. Também, contou com a participação surpresa do Maracatu Arrasta Ilha que contagiou as pessoas presente. 

Imagem 5.  Palhaços em rebeldia

Imagem 6. Arrasta Ilha

O objetivo do evento foi mostrar um pouco da realidade do Povo Mbya Guarani aqui no Morro dos Cavalos, com relação a agricultura, manuseio e preparo do solo, a importância da troca de sementes, a relação do ser humano com as sementes e o solo. Tudo isso foi abordado durante o evento, e as pessoas presente conseguiram entender isso, ver e vivenciar um pouco da Vida Guarani.

       Finalizamos o evento  dia 28 pela manhã com a construção de uma pequena horta medicinal e apresentação do Documentário Nhandé va’e kue meme’i “ Os seres vivos da mata e sua vida com as pessoas” e explicação dos Professores Marcelo Wera Mirim e Marcos Karai Popygua, sobre a relação dos animais com a agricultura Guarani

Mais fotos nos álbuns abaixo: 







segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Construção da Opy Miri

Cultura Guarani Mbya

Cultura não se resgata, cultura se aprende. Cultura não se desaprende, mas sofre mutações, influências e adaptações. A cultura só se acaba quando se mata. A cultura guarani vem enfrentando resistências da parte do sistema nacional de educação quando temos que obedecer a um currículo que é estranho e antagônico ao nosso modo de viver, entender a natureza e o universo. O povo guarani tem seu sistema de educação “ensino aprendizado” que deu muito certo na educação do nosso povo, com relação ao Tekoá (Meio ambiente).
            É por esse motivo que nossa cultura continua viva até hoje. Apesar de não termos terras demarcadas, nossas nunca morreu. Nossas crenças são repassadas de geração e são praticadas por todos que moram na aldeia. Tudo o que for positivo e bom para nossa sobrevivência que aprendemos com outras culturas passa a fazer parte da nossa. A cultura não pode ficar parada no tempo. Queremos a escola na aldeia para que possamos revitalizar nossa cultura e aprender as culturas de outros povos para podermos criar estratégicas de sobrevivência.
            Na nossa aldeia vivemos todos juntos, tudo é coletivo e todos falam guarani. A nossa comunicação na aldeia se dá na nossa língua. A escola passou a ser um centro de reuniões diárias onde nos encontramos para dizermos um bom dia um ao outro e saudarmos o sol que aparece mesmo em dias de chuva para nos visitar e iluminar a terra.
            Na sala de aula aprendemos matemática e a língua portuguesa. Fazemos pesquisas sobre geografia, história e ciências. Na casa de cultura ao lado, contamos história, fumamos petyngua, cantamos e dançamos com as crianças. Trabalhamos todos juntos e comemos na mesma mesa. A vida na aldeia é muito boa.
                                                                                                                     
                                                               Adão Karai Tataendy Antunes



Figura 1.  Antiga Opy Miri



Figura 2. Construção atual Opy Miri



  
Opy Mirĩ

A Escola Indígena Itaty, juntamente com a Tekoa, na Terra Indígena Morro dos Cavalos, estamos com atividade de revitalização da OPY MIRĨ, que será um espaço usado como veiculo pedagógico. Pois ela é de extrema importância para o povo Mbya Guarani, conforme nossos costumes e crenças.
    Na OPY MIRĨ, aprendemos a praticar desde infância cantos, rezas, rituais sagrados para nosso Povo.
Escola e a OPY MIRĨ

Na Opy Mirĩ praticamos as atividades que as crianças deixaram de praticar no momento que a escola entrou na Tekoa, pois é nesse espaço que aprendemos tudo sobre a nossa história, o respeito com todos os seres vivos, o entendimento da função de nomes de cada pessoa, o respeito por si mesmo, reverenciamos as divindades: Nhamandu, Tupã, Nhanderu Tenonde, Nhanderu Karai e Nhanderu Jakaira. Também, nessa reverencia conseguimos nos situar dos acontecimentos que acontece em cada tempo, quando compreendemos o que significa Ara Pyau, Ara Yma, Ara Guyje, Ara Mbyte.

Processo de aprendizagem se dá:

Através dos Xeramõi kuery, que são os velhos sábios, com a oralidade seguida da pratica, quem vai dizer que aprendeu, será a pessoa que está sendo ensinado, é uma auto avaliação como pessoa.

Escola

Temos a escola como um instrumento Político de registro de todas as atividades feitas pelos professores e alunos, que tem que como papel principal de colocar tudo que é aprendido na OPY MIRĨ, num pedaço de papel.

Processo de Ensino e Aprendizado:

Através dos Professores no momento que eles planejam suas aulas de acordo com a realidade vivida na Tekoa. Passam aos alunos a visão da sociedade de fora, sobre tudo. Por exemplo, Ideologia que é implantado na sociedade la fora, que está destruindo os valores Familiar, Cultural, ambiental e Social, do mundo que vivem.  Inclusive a Visão da história que é passada nas escolas Públicas sobre os Povos Indígenas.
Esse é um dos exemplos que os professores colocam nos seus planejamos, para que o aluno aprenda a ler e escrever, nessa visão de mundos poderá aceitar, questionar e sugerir.

Por isso a importância da OPY MIRĨ na escola.


Aguyjevete!